SOMOS UM...


"Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer". Gn. 11.6

Ser um unido num só propósito não é algo simples de ser alcançado. Paulo mostra que tal unidade é fruto de um processo. Ele diz: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento” (Fp 2.1,2).

Mas há uma diferença entre união e unidade. União é ter muitas batatas no mesmo saco, enquanto unidade é quando as batatas são cozidas e amassadas, tornando-se um purê dentro do prato. A união não é difícil, basta colocar as batatas juntas. Mas, para termos a unidade, as batatas precisam passar pelo fogo, ser descascadas e, por fim, ser amassadas juntas. O fogo aponta para o Espírito, o descascar é abrir mão do orgulho, e o amassar é o quebrantamento. A unidade, portanto, tem um preço de fogo e quebrantamento. Só assim podemos falar a mesma coisa e ter a mesma disposição mental.

Jesus disse que um reino dividido não pode subsistir. “Ele disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25). Por outro lado, não há limites ou restrições para um grupo que tem unanimidade de propósito.

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos perceberam a situação e resolveram juntar-se em grupo. Assim, se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor. Por isso, tornaram a se afastar um dos outros.

O resultado disso foi que voltaram a morrer congelados. Precisaram, então, fazer uma escolha: ou desapareciam da terra ou aceitavam os espinhos dos semelhantes. Sabiamente, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o importante era o calor do outro. E, dessa forma, puderam sobreviver.

A frieza e a friagem nos assolam. Precisamos nos manter aquecidos e até incendiados, mas isso só será possível se nos mantivermos juntos. É como uma brasa; se fica sozinha, apaga. A proximidade e a comunhão, porém, têm um preço. Pequenas feridas sempre surgem quando nos aproximamos e nos relacionamos.

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