NA BEIRA OU NO CAMINHO?

janeiro 28, 2011

Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho, mendigando. (Mar 10:46)

O versículo acima relata a história de Bartimeu, um homem que se destacou entre a multidão. Ele era um dos muitos cegos que, na época de Jesus, mendigava “a beira do caminho". Assim como os demais cegos, Bartimeu era um homem que carregava sobre si, além da capa, a deficiência e a limitação. Apesar de cego como tantos outros, Bartimeu foi um dos que se tornou biblicamente conhecido, porque, um dia, optou por uma “mudança”, que transformou sua história.

Ainda hoje existem muitas vidas à beira do caminho. Talvez não usem capas e nem sejam cegos fisicamente, como era Bartimeu, mas vivem à “margem”. Não necessariamente das ruas e avenidas, mas do caminho de Deus. Muitos frequentam cultos, simpatizam com os louvores, porém, na verdade, estão apenas à beira do caminho, à beira da verdade, à beira da vontade de Deus para suas vidas. Esses, não acharam, de fato, o caminho, isto é, não assumiram verdadeiramente um compromisso com Cristo, que é o caminho a verdade e a vida.

Muitos querem estar no caminho, mas não abandonam a “velha estrada”. Outros permanecem na beira. São chamados “crentes-sombra”, vivendo da fé de outros. São meros espectadores das coisas que acontecem no caminho. Vêem Deus agindo na vida dos outros, mas preferem ficar à margem. Quem está à beira do caminho não pode desfrutar das bênçãos de estar “no caminho”. Deus quer que vivamos “no caminho”, que passemos de espectadores a participantes da graça.

O texto nos relata que naquele dia Bartimeu decidiu deixar a “beira do caminho”. Ele optou por mudança. Ele clamou ao Senhor: “Filho de Davi, tenha compaixão de mim!” E a historia nos apresenta que naquele mesmo momento Jesus transformou sua vida.

Deus quer fazer-nos mais que meros frequentadores de cultos. Ele quer nos tornar seus filhos íntimos. O Senhor não quer que vivamos a sombra do ministério de outros ou vivendo os sonhos que não são nossos. Ele quer que vivamos os nossos próprios sonhos e o nosso próprio chamado. Quem fica a beira do caminho não vai a lugar nenhum! Fica estático e lhe resta apenas observar os acontecimentos da vida alheia.